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Tudo sobre Pombos: hábitos, biologia e riscos para a saúde

pombos na varanda da casa

Tal como os roedores, os pombos constituem uma das poucas classes de animais vertebrados que podem ser consideradas pragas urbanas.

O pombo-comum é uma espécie sinantrópica: com a evolução do tempo, esta espécie começou a instalar-se em ambientes urbanos, beneficiando das condições criadas pela atividade humana no processo de urbanização. Ou seja, os pombos tiram proveito do contexto urbano para encontrarem abrigo e acederem a alimentos e água.

Por serem animais voadores, os pombos (ou pombas) não encontram predadores nas cidades, permitindo-lhes reproduzir rapidamente, sem grande controlo, gerando uma população cada vez maior.

O que comem os pombos?

Os pombos preferem sementes, grãos e insetos, mas comem qualquer desperdício alimentar que encontrem. Por não terem dentes, as aves possuem uma estrutura ligada ao estômago chamada moela, que lhes permite triturar os alimentos que ingerem. E não é só. Os pombos também ingerem areia e pequenas pedras que lhes permitem triturar e amolecer ainda melhor os alimentos.

Onde vivem os pombos?

Os pombos vivem em cidades e ambientes urbanos e têm hábitos rotineiros: alimentam-se e fazem ninhos nos mesmos locais todos os dias e preferem espaços onde consigam encontrar alimento. Em zonas rurais, encontramos pombos em locais como estábulos, capoeiras, celeiros, etc.

Como são os ninhos de pombos?

Para fazerem os ninhos, os pombos utilizam ramos ou galhos secos de árvores. Os pombos preferem locais planos como ramos de árvores onde se conseguem abrigar da chuva e do frio.

Onde procurar ninhos de pombos?

Por norma os pombos escolhem árvores para os seus ninhos. Mas a possibilidade de abrigo e proximidade a alimento faz com que, cada vez mais, os pombos façam ninho em edifícios altos e telhados planos. Os locais favoritos para nidificação são varandas, parapeitos, chaminés e calhas. Verifica qualquer fenda com mais de 25 mm, incluindo telhas soltas.

Quanto tempo vive um pombo?

Em ambiente urbano, o tempo de vida de um pombo é cerca de 5 a 6 anos. Em contexto rural, os pombos podem viver mais tempo uma vez que têm menor contacto com doenças e o desequilíbrio populacional não é tão grande.

Que riscos advêm de uma praga de pombos?

O aumento exagerado da reprodução dos pombos traz alguns riscos para o ambiente, o património e a saúde.

A acidez presente nas fezes de pombo contribui para a sujidade do espaço público e do espaço privado, como habitações, pátios e varandas. Mas não é apenas a sujidade que constitui um problema. Com o tempo, esta acidez tende a corroer estes espaços, provocando danos irreparáveis à propriedade e despoletando a degradação de monumentos.

Além destes danos, os pombos podem transmitir várias doenças a outros animais e ao ser humano. Esta praga urbana é, não só um problema ambiental, como um risco para a saúde pública. Algumas doenças provocadas pelo contacto com pombos são:

1. Tuberculose

A tuberculose advém da inalação de uma bactéria que pode estar presente em poeiras provenientes das fezes de pombos secas.

2. Criptococose

A criptococose é uma infecção causada pela inalação de um fungo presente em poeiras de fezes contaminadas e que afeta o sistema nervoso central e provoca artrites, pneumonias e meningites.

3. Psitacose

Esta infecção é transmitida por inalação de um agente e causa pneumonia ou, por contacto direto, inflamação nos olhos e, por vezes, cegueira.

4. Salmonelose

A salmonelose é transmitida através da ingestão da bactéria Salmonella typhimurum que pode estar presente em fezes de pombos e contaminar água ou alimento causando gastroenterites e outros problemas gástricos.

Por fim, alguns parasitas que infetam os pombos, como piolhos e ácaros, podem originar bronquites asmáticas e reações alérgicas em crianças, idosos e outras pessoas sensíveis a alergias e dermatites.

As consequências da sobrepopulação de pombos levou algumas cidades a tomar medidas para controlar esta praga. Se vives numa zona afetada por esta infestação, descobre aqui como podes lidar com o problema.